Agora, voltando ao assunto.
Acho que nem cheguei a contar que nós mudamos de fazenda e casa em julho - vide perdão número 2. Essa nova casinha, linda limpa e novinha, tem um quintalzão de grama todo cercado, alegria do cachorro. E uma carreira de terra ao redor, perfeita pra plantar. Então finalmente depois de quase 4 anos de NZ, cujo esporte nacional de sábado é cortar a grama, nós temos um jardim pra chamar de nosso!
Nos armamos de sementes, mudas, garfinhos, pazinhas, luvas e zero conhecimento.
Na carreira perto do portão, segundo a superstição, plantamos lavanda e alecrim. O alecrim, pra ser sincera, não está lá muito contente, mas a lavanda já se espalhou e dá flores e perfuma a entrada. No mesmo pedaço, de sementes nasceram a salsinha crespa que está tão grande e pesada, uma mini-floresta, e a cebolinha, fininha e suave, cada vez que se corta um talinho, nascem mais uma dúzia e ela cresce linda. A semente de pimenta não vingou, talvez tenha sido excesso de mau-olhado, talvez tenha sido o gato que fez xixi em cima.
E essa última foto, entre a salsinha e a lavanda, mora a batata. Batatas que ganhamos no começo do ano e ficaram meses dentro de uma sacola escura, criando raízes e que eu eventualmente coloquei na terra e olhaí o que aconteceu: um arbusto de batata! Segundo informações confiáveis, o procedimento é esperar as flores secarem e as folhas começarem a escurecer pra cavar as batatas e solucionar a dúvida que não nos deixa dormir à noite: quando se planta uma batata meio velha, se colhe a mesma batata ou ela se reproduz em uma nova batata? Ou mais batatinhas que espalham a rama pelo chão?? Menininha quando dorme põe a mão no coração?
Enfim, são muitas as dúvidas que cercam o mundo da jardinagem amadora.
Continuando: do outro lado da porta, virando a esquina da casa, maridão construiu um novo espacinho pra plantar, de tijolos e um saco de terra. Nesse espacinho que nós claramente superestimamos, plantamos mudas de coentro, salsinha italiana lisa, hortelã, abobrinha e tomates.
Isso tudo começou a crescer desenfreadamente e agora o coentro já está do tamanho de uma árvore, a salsinha quer fugir pela lateral, a menta luta bravamente por espaço, a abobrinha coitada está sendo comida por bichinhos anônimos e o tomate, depois de orientação da Sheryl, foi amarrado em estacas e já tem 8 ou nove tomatinhos em seu caule, de tamanhos variando entre ameixa e azeitona, verdinhos, cujo desenvolvimento eu acompanho ansiosamente. Estou quase - bem perto, na verdade - dando nomes para os tomatinhos.
Abobrinha, já comi 3 e tem mais umas duas lá, escondidas, crescendo. Salsinha em todas as refeições, mais um pote de pesto e nada dela acabar.
Talvez seja a alegria mais simples do mundo, definitivamente a mais antiga, essa de comer algo que vc escolheu, plantou, regou, colheu.
A horta. As florzinhas brancas são coentro. |
Hortelã |
Abobrinha |
Tomates |
Florzinhas do tomate |
Gato. Esse eu não plantei, mas ele fica bem à vontade escondido na salsinha |
Um comentário:
Adorei sua horta!!!
Fiquei com vergonha da minha horta de apartamento! hahahha Ainda esse mês resolvo isso... rs
O que mais gostei foi do seu pé de batata, fiquei alucinada para plantar um tbm!
Lembrei do meu pai contando de quando plantou amendoim. Ele era bem criança, e vivia fazendo experiências. Uma delas vou plantar um amendoim. Passou meses observando a planta crescer. Muitos meses... E nada de amendoim.
Um dia de pouca paciência ele se irritou profundamente com aquele pé lerdo de amendoim, e arrancou todo o arbusto, decidido a jogar fora!!
E lá nas raízes bem tranquilos ele encontrou milhares de amendoins... kkkkk
Ele conta essa história fascinado ate hoje, e olha que hoje ele já é um bom velhinho vovô de 3. : )
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