quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Curta

Essa é curtinha, só pra fazer inveja; gasolina ante-ontem estava $1,76 né??

Hoje está $1,72.

(Rodrigo já pensa em comprar um carro V8, pq o nosso V6 não é suficiente...tsc tsc)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Aventuras inimagináveis no mundo de Maria Fernanda - parte 10

Lembram quando eu contei que dirigi um trator?? Então. Isso tem se tornado um hábito. Eu, agora, dirijo tratores. E a caminhonete da fazenda, manual e 4x4. O nosso carro nem tanto assim, apesar dele ser automático. A pista ainda me assusta bastante. Mas vou superar logo logo, pq tenho que começar a trabalhar na cidade asap.
Apesar disso, fiz um up-grade nas minhas quase-nulas habilidades dirigilísticas. Aprendi a andar de moto. Meio na raça, diga-se de passagem. "Essa é a moto. Aqui ela liga. Aqui ela acelera e freia. Essa é a embreagem e o câmbio. Esse é o pasto."
Ave Maria, cheia de graça, o senhor é convosco...

Ok, podem parar de rir agora. Essa vai ser uma habilidade totalmente restrita à fazenda.

Hoje fui buscar as vacas no pasto e nem caí nenhuma vez (nem ontem, quando estava aprendendo)!! Morri umas 826, mas tudo bem.

Ah, querem saber o que mais?? A gasolina baixou de novo. Juro!! NZ$ 1,76
Tá bom pra você?

E eu comecei a comprar enfeites de natal.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Mistérios inexplicáveis

Quando eu saí do Brasil, a gasolina custava em média $2.50 o litro (2.7 nos Jardins, 2.30 no centro). Quando eu cheguei aqui, a gasolina custava por volta de $1.78 (em todos os postos -Bp, Shell, Caltex, Challenge - é o mesmo preço.). Foi aumentando gradualmente até atingir a marca de $2.40 há uns 3 meses atrás. Nós não nos abalamos muito, pq afinal, acompanhamos o preço do barril e pq viemos do Brasil e sabemos que o combustível é caro mesmo. Aí aconteceu o inexplicável.

Ela começou a baixar.

Ontem, depois de enchermos o tanque lógico, a gasolina baixou de $1,899 para $1,819. É engraçado pq é sempre de um dia pro outro e não é uma diminuição simbólica. É real e palpável.
Eu fico besta. Não conheço esse processo de diminuição de preços, só aumento, aumento, aumento.
Aqui, de vez em quando eu escolho uma coisa na warehouse por x dólares. Aí chego no caixa e o preço é y dólares. Sempre mais baixo. E não tem nenhum cartaz avisando que está em liquidação. É simplesmente mais barato. Por exemplo, fui lá e escolhi uma camisola muito simpática com uma vaquinha, escrito embaixo "Grumpy Cow". A etiqueta dizia $12,99, que pra mim já tava excelente. Cheguei no caixa, batata: $9,99. E o pingente (já mencionado) de coração de prata que eu comprei na liquidação. O cartaz dizia $15, eu estava dando pulinhos de alegria. Passei no caixa, pimba: $9,00!!!!! Quase abracei a vendedora!

Eu, que já sou suficientemente consumista, estou no paraíso!!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Fantásticas tradições britânicas

Trench-coat, ônibus de dois andares, cottage pie, padrão Burberrys, rainhas e um par de príncipes quase encantados (dentista, peloamordedeus). Sim, a Inglaterra deu ao mundo muitas tradições maravilhosas. Mas nada, nada se compara.

Fila na frente da loja antes de liquidação. Aglomeração para ser mais exata, muitas pessoas ansiosas, contando os minutos para as portas abrirem. Porque os preços estão muito, mas muito baixos mesmo e os produtos são da mais alta qualidade. E todos os produtos são brilhantes, delicados e valem uma fortuna.

Eu e o Rodrigo, às 8h40 da quinta feira, por acaso do destino, estávamos passando na frente da Michael Hill em Queenstown quando vimos a aglomeração de chinesas e loiras e resolvemos que, em honra ao cartãozinho que mora na carteira do Rô, que contém o código, o preço e o tamanho adequado do anel que mais amo no mundo, deveríamos ficar por ali. E valeu a pena. Mesmo que as chinesas tenham cortado na minha frente, que estava frio, que só entrava uma pessoa por vez e que mal temos dinheiro agora, valeu a pena.

Michael Hill é uma rede de joalherias. E está em liquidação, com preços começando em $1 e todos os itens da loja com descontos gordos. Inclusive o anel do cartãozinho. He he he. E um lindo pingente de coração de prata que agora mora pertinho do meu.

Diamonds are a girl's best friend.

Porque me ufano da coxinha ou muitos brasileiros na NZ

Finalmente fomos conhecer Queenstown. Todo mundo falou, recomendou, contou mil histórias dessa que é a cidade dos brasileiros na Nova Zelândia, então finalmente fomos.
Metade da população da rua e nos lugares falava português, o que devo confessar, foi um alívio para os ouvidos. É uma cidade turística, a capital mundial do turismo de aventura, com bungy-jumping, ski, snowboard, shotover jets, heli-everything e muitas outras coisas que não tenho coragem de fazer nem a pau juvenau. Fica ao redor de um lago e as duas atrações principais são o rio onde se faz tudo aquilo supracitado e as estações de ski, The Remarkables, Coronet Peak e Cordrona. Lembra bastante Campos do Jordão, não fisicamente, mas no "estilo" de turismo.
Não fica muito longe daqui de casa, uns 270km de estrada totalmente deserta, então saímos na quarta de manhã e voltamos na quinta à tarde.Estava um clima horrível, chovendo muito, frio, nevando um pouco e muito vento, por isso, a estação de ski estava fechada e o luge também. Mas o tempo foi tão bem aproveitado, a cidade é tão linda, tão cheia de vida e pessoas se divertindo, que parece que ficamos lá uma semana.
Descansamos em um hotel fantástico (www.centralridge.co.nz), um sonho mesmo, cama gigante, banheira imensa, café da manhã gostoso (aqui não tem aqueles buffets pantagruélicos, é mais como uma refeição quente e café ou chá), serviço excelente e tarifa perfeita! Aproveitamos o tempo fechado, conhecemos a cidade, no outro dia de manhã subimos na gôndola pra depois descer de carrinho de rolimã (o já mencionado luge) e tiramos milhares de fotos de tudo.

Pontos altos da viagem: COXINHA. Juro. Comi 2. E empada de frango. E risoli de camarão. E farofa. Deus abençoe a brasileira que abriu o Café Brazil na praça de alimentação e nos vendeu 4 coxinhas congeladas pra trazermos pra casa. E é tãããão boa. Nham. E pizza marguerita num restaurante italiano aconchegante. E os $12 que ganhamos na raspadinha. E os descontos que recebemos por nada. A gentileza dos estranhos. E a liquidação.
Ponto baixos: perdemos o chip do celular. Só o chip. Não pergunte.
Vou encerrar por aqui o relato, por que tenho que contar como foi a liquidação, mas resumindo a viagem foi nota 1274!!
Não dá pra ficar mais feliz!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Aventuras inimagináveis no mundo de Maria Fernanda

Aqui em terras kiwis, eu fiquei ainda mais chata pra comer do que já era naturalmente. Mas não é minha culpa se tudo aqui tem recheio de bacon and eggs e se nenhum dos mais variados tipos de salsicha do supermercado é bom. Subestimei a Sadia minha vida inteira: agora a linguiça calabresa defumada faz uma falta danada. Já comentei que não tem linguiça aqui? Do tipo italiana, que a gente grelha na churrasqueira e depois passa na farinha e come pingando, sujando a roupa? (ok, eu sujo a roupa com tudo, não sou referência). Mesmo assim, determinados a encontrar um substituto, já tentamos todos os milhões de tipos de salsichas e similares do countdown, mas não tem nenhuma gostosa, nem uma que se assemelha à salsicha de hot-dog que conhecemos e amamos. Bem, já me acostumei com a falta de alguns produtos e aprendi a gostar de outros, como cordial de limão e barley, gingernuts, chá com leite, mini-wheats.
Falando em comida, eu poderia ficar aqui escrevendo o dia todo o que falta e o que é novo, mas o que eu queria mesmo é contar pra vocês que aqui na minha vida rural, o supermercado não é o único meio de alimentação. Existe a caça e a pesca e o plantio. Juro! Vaca não nasce no freezer, cenoura não nasce no saquinho e, pasme, frango não nasce empanado. Eu, flor do asfalto assumida e por ora enojada, acho graça no processo, mas ainda curto o supermercado. Acho que ainda não está na hora de trocar minha bolsa Louis Vuitton por um chapéu de palha e enxada.

Mas o Rodrigo adora. Ele está no elemento dele, ex-escoteiro que é. Acampamentos, animais,etc. Então, desde o dia 1, ele já foi caçar mil vezes com o Brent e os meninos, já acampamos, sempre vamos conhecer lugares novos, paisagens inexploradas. Pescar salmão ainda não deu, pq é necessário uma liçenca. Das caçadas os homens trazem coelhos/lebres ou patos que já cozinhamos, possums que são escalpelados para terem sua pelagem vendida (quase $8o o kilo do pelo), passarinhos só pelo prazer de.

Ontem ele foi com o Trevor, nosso patrão, "eeling". Pescar enguias, na fazenda aqui na frente.
Voltou todo empolgado, contando que vc usa carne de coelho como isca, uma linha mais grossa e sei lá o que. Que o cérebro do bicho fica na cauda e ele não pára de se mexer nem depois de morto. Pra arrancar o couro, vc martela o negócio numa árvore e puxa com alicates. Tive pesadelos, óbvio, só de ouvir ele contar.
Hoje o Trevor teve a bondade de cozinhar o animal para experimentarmos.
Bem, toda experiência é valida. Não é ruim, é carnudo, uma carne branca como peixe, mas muito gordo, mais que salmão. Acho que não vou comer de novo. Mas tem um pedação no freezer, se alguém se habilitar...