quinta-feira, 24 de setembro de 2009

What a difference a week makes

**Aviso: post levemente emo mas com notícias**

Então oficialmente estou trabalhando. No restaurante daqui ó: www.terracedowns.co.nz

Não sei se consigo explicar a sensação de voltar à força de trabalho depois de 1 ano parada.

Não é que minha vida como dona-de-casa fosse ruim ou chata ou monótona ou forçada. Não é isso. Porque não era/é: eu acredito que fazer de uma casa um lar é um dom e como qualquer outro, precisa de amor pra crescer e traz uma satisfação imensa. Eu tenho orgulho de dizer que minha casa estava/está sempre limpa, confortável, arrumada, com roupas limpas e todo mundo muito bem alimentado e cuidado. E sim, se eu tiver que e puder, daqui a X anos, ficar em casa ou trabalhar pouco para criar meus potenciais futuros filhos, vou fazê-lo sem peso na consciência, sabendo que é uma escolha como qualquer outra.
Demorei mto tempo pra fazer as pazes com esse tipo de escolha, se "acontecida" e provisória ou racional e consciente ainda não sei, mas agora entendi que "toda experiência é mesmo válida" e esse ano de ócio me trouxe crescimento em aspectos antes subestimados principalmente humildade, dependência e auto-confiança, pela presença ou falta deles em determinados momentos.
E paciência pra entender que as coisas acontecem na hora certa, sem apressar ou sofrer, independentes do que as outras pessoas estão fazendo no mundo.

O que me leva ao assunto inicial: voltei a trabalhar pq estava na hora. E estou feliz sem-tamanho. Sou "só" uma garçonete, mas tudo bem, porque sou também mto boa nisso. E adoro viver nesse mundo de portas basculantes, conversas surreais, aventais na cozinha e comida passeando.
E saber que faço alguma coisa para o mundo, que contribuo para alguma coisa fora dos limites da minha casa, me faz mto bem. Me faz sentir mais alta, mais orgulhosa, mais inteligente e mais. (um pouco mais rica tb, if i might add.)

Pq passei mto tempo sem ambição e com medo do mundo, mas não mais. Estava na hora.

E se vc está se perguntando como eu chego lá, digo já: vou dirigindo meu carro na estrada vazia porém cheia de curvas. Não passo dos 80km/h,mas prefiro os 70km/h. Na ida canto em inglês e na volta canto em português pq o rádio ainda não funciona. Não olho pro lado pra não distrair. Fico com as duas mãos no volante o tempo todo na posição dez pras duas e mal encosto no banco, mas chego everytime. On time.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Caso vc não tenha reparado

Ou essa seja a primeira vez que vc passa por aqui, fiz faxina de novo! Tá mais pra reforma do que faxina, mas serve. Foi em homenagem ao Mário que resolveu reativar o blog dele (Whyke in Wonderland) e passou por aqui.

Ainda não me acostumei com a vida de casada. Esse negócio de mudar de nome é bem confuso.
Mas deixar de ser um pra ser dois é bom demais.

"You know you're in love when you can't fall asleep because reality is finally better than your dreams." -Dr. Suess

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Baby you can drive my car

Compramos um carro pra mim! Agora estou devidamente motorizada, além da batedeira e do aspirador de pó, lógico.

Porque vou começar a trabalhar semana que vem, num htl 25km daqui (mais detalhes qdo eu os tiver) e meu marido estava entrando em parafuso junto comigo sobre o meu direito de ir e vir. É de conhecimento público que eu odeio dirigir tanto qto o Harry odeia o Snape e tenho tanto medo qto o Ron de aranhas.
Eu precisava ir e nosso carro é manual, tornando a tarefa bem mais dolorosa pra mim, sem falar que eu ia deixá-lo sem veículo ou possivelmente macular o nosso carrinho tão bonitinho.

Então compramos um carro ainda mais lindo que o nosso he he he. É um Mazda Cronos 1994 (o Rô agora está querendo se matar, pq o dele é 91) azul-que-muda-de-cor-e-fica-verde-e-roxo, AUTOMÁTICO, aromatizador Glade Girlie cor de rosa, balas no console, cup holder, limpinho, sem marcas, ferrugem ou arranhões e com um chaveiro lindo que ganhei de aniversario ano passado, de pedras verdes. Isso é o que importa. Para motor e outras especificações, pergunte pro Rô.

Mas vamos às fotos:

Registro





Conteúdo:
6 sanduíches de queijo e presunto
1 maçã
2 bananas
1 garrafa dágua
1 tomate fatiado
1 cenoura com sal
1 pacote de batatas chips
1 chocolate ao leite
1 sanduíche de queijo com banana (eu adoro e fui eu quem montou a cesta tá?!)

Não tem foto dos tombos (Graças a Deus...) mas dá pra ver o que rola no Mt. Hutt.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Vini vidi vici ou Grande Chefe Calça Molhada

Acho que já escrevi um post com esse título, mas anyway...

Fomos esquiar hj!!!! Yey!!!
Flávia esquiou, Taio, Gordo e eu snowbordeamos no Mt. Hutt cheio.
Inicialmente o plano era ir com o Sandro, Helen e Lara, pq a escola da Lara ia levar as crianças e nós íamos junto. Mas o Sandro teve que trabalhar e a Lara "cabou que num foi" mas nós fomos assim mesmo.
Chegamos beeeem cedinho, umas 9h, junto com uma multidão de crianças encapuzadas e encachecoladas apesar do calor (7 graus!! calorão). Levamos cesta de picnic com almoço, roupas extras e meu snowboard lindo, que afinal é um pouco mais difícil de usar do que eu imaginava. Nos arrumamos e fomos para a neve, num dia azul e ensolarado, perfeito.
Então foi assim: eu e o Gordo subimos no Magic Carpet (que é a rampa mais easy, lotada das crianças já mencionadas) usando a esteira rolante e começamos a descer. Uns 4 segundos depois eu estava estatelada na neve, com dor de cabeça e nas palmas e na dignidade, depois sentada tentando soltar a bota do board pra levantar. Molhando a buzunfa.
Deus abençoe meu forte marido, levantei lá no meio e me ajeitei no board de novo. Passados 7 segundos, mesma coisa. Estatelada face-down, dignidade perdida, etc e tal. Buzunfa molhada.

Decidi encerrar minha carreira em esportes radicais there and then, pq me poupe pagar pra me machucar e/ou deixar meu marido desempregado e aleijado. Ficamos no café, assistindo as pessoas coordenadas e as crianças intrépidas, tomando chocolate quente e esperando o Taio e a Flávia, beeem mais coordenado que nós dois.

Mas sinceramente, dei tanta risada que valeu a pena até a tensão de subir até lá em cima do Mt Hutt sem guard-rail. Tiramos foto pra provar que fomos e pronto, tá bom.

Lá pela hora do almoço, descemos e fomos pra Chch.

Eu e o Gordo cortamos o cabelo no shopping da loja de bala e o meu ficou ótimo, tirou as pontas duplas e até parece de gente. O do Rô...digamos que ele ficou com o cabeleireiro raivoso que descontou toda a frustração do dia nele. Vai ficar de boné uns dias, até o cabelo crescer que é melhor.

sábado, 12 de setembro de 2009

Pastel da feira, de palmito ou calabresa com queijo
Linguiça calabresa, com e sem trema
Caldo de cana, com ou sem limão/abacaxi
Água de coco
Palmito
Goiaba
Jabuticaba
Tapioca de coco com leite condensado
Codorna ao forno
Farofa com e sem banana
Guaraná Dolly
Folha de mostarda refogada
Bolacha Chocolícia e Bono de chocolate
Ana Maria com recheio de baunilha
Pinhão cozido
Esfiha de carne, queijo, normal ou folhada e pode ser até do Habibs
Babaganoush do Kebab Salonu
Pão de mel com cobertura de chocolate da Amor aos Pedaços
Salada com molho caesar acompanhando o lanche no McDonalds
Top Sundae de chocolate com cobertura de chocolate do McDonalds
Castanha portuguesa
Croissant de presunto e queijo da Benjamin



Sem chance. Sem substitutos. Sem a menor possibilidade num futuro próximo. Ai que fome.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Longing

Hj não tenho nada de emocionante pra contar. A vida continua, eu mandei uns currículos por aí, nossa casa está cheia ainda, ontem tentamos subir no Mt Hutt mas estava fechado por causa do vento (Strike 3 já; tá difícil ver neve viu!!), fomos no Lake Coleridge fazer picnic no carro por causa do vento, enfim, tudo anda bem. Saúde, teto, família e comida, temos tudo.
Tenho até um pôr-do-sol cinematográfico aqui atrás de mim.

Mas hj, não sei por quê, meu coração está com um buraco gigantesco, uma cárie de saudade.
Meus amigos, meus pais, meu irmão, sogros, cunhados. Não necessariamente nessa ordem. Todos estão fazendo uma falta quase insuportável. Um peso que fica no peito, de não falar o suficiente, de não telefonar, de não saber as bobagens cotidianas das pessoas pelas quais, no segundo post desse blog, eu avisei que voltaria.
E agorinha, com Josh Groban cantando "You raise me up" e depois de ter visto e revisto todos os sorrisos nos álbuns do casamento, o buraco quase pulsa e me joga dentro do avião.

Então é isso. Se vc está lendo isso e me conhece, perdão por não ligar. Mas me manda um email, scrap, txt, recado no msn, pombo-correio ou cartão postal de onde vc está. Me conta o que aconteceu ontem no almoço e como estava o engarrafamento na 23. Qual filme vc pegou pra assistir no fds e como foi sua última prova na pós ou como vai ser a prova da residência. Como está sua mãe e seu namorado e seu irmão. Me fala da celebridade que vc viu saindo do restaurante e do seu último projeto no trabalho, um chefe pé-no-saco, seu carro na oficina ou da unha que vc quebrou abrindo a porta.
Me conta qualquer coisa, só pra eu fazer de conta que estou aí e que a saudade não dói tanto de vez em quando. Por favor.